Mídia OOH e marketing sensorial: como aliar as duas estratégias?

A mídia Out Of Home possui um recurso que, quando bem utilizado, pode atrair um número maior de consumidores e aumentar as vendas: o marketing sensorial.

Esta estratégia consiste em levar um ou mais sentidos (visão, audição, olfato, tato e paladar) para as estratégias de mídia OOH, aumentando as possibilidades de conexão entre consumidor e marca.

O marketing sensorial tem muita relação com o neuromarketing, um braço do marketing que tem o objetivo de levar as marcas a entenderem o cérebro humano para que possam criar estratégias e experiências de vendas mais assertivas e duradouras.

O marketing sensorial possui algumas características importantes:

• Cria identidade de marca, devido à cor, jingle ou aroma, por exemplo
• Estabelece vínculo emocional entre consumidor e marca
• Oferece novas experiências de consumo
• Desperta o desejo de compra

Exemplos de marketing sensorial

Há uma parte do nosso cérebro chama amigdala, que é onde são guardadas as emoções. O marketing sensorial planejado com base em profundo estudo do público e do produto a ser oferecido pode ativar emoções positivas no consumidor a ponto de levá-lo a conversão.

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Vamos deixar aqui alguns exemplos de como utilizar os sentidos para atrair o público e vender mais:

Olfato

Este é o sentido mais primitivo do ser humano. Mas não pense que este recurso é utilizado apenas em lojas de alimentos, como chocolates e pipoca. Aliás, há empresas de diferentes segmentos que possuem fragrâncias preparadas exclusivamente para aguçar este sentido do consumidor.

É o caso da Melissa. A loja de calçados possui um cheio bem caraterístico e exala a fragrância para atrair os consumidores. A Bauducco é outra marca que atrai seus clientes exalando um irresistível cheiro de panetone.

Porém, quanto mais inusitado maior a experiência que o marketing sensorial é capaz de oferecer. Os sabonetes Lux recentemente apresentaram suas fragrâncias no metrô de São Paulo. E a marca de ketckup Heinz apresentou seu novo sabor de bacon e cebola caramelizada em um ponto de ônibus na cidade de São Paulo.

Audição

Este recurso é bem mais comum do que se imagina. Um exemplo bastante comum é a trilha sonora das lojas de departamento. De acordo com estudos de neuromarketing, o ritmo da música pode ditar a velocidade com que o consumidor realiza suas compras.

A locução dentro de lojas e mercados também ajudam a atrair o consumidor. Sabe aqueles profissionais que andam pela loja informando as promoções ou usando gatilhos mentais para aguçar a ansiedade do consumidor dizendo que logo mais anunciará uma promoção exclusiva? Este é o poder do marketing sensorial focado na audição.

Há outro estudo de neuromarketing sobre vinhos que mostra que uma trilha sonora com canções francesas pode levar o consumidor a comprar mais vinhos franceses. Em alguns casos, estes consumidores foram para a França e a música os remeteu àquela viagem que pode ter sido marcante. Aqui neste sentido também podemos incluir os jingles, que podem grudar como chiclete no ouvido dos consumidores e passar a fazer parte da história dos consumidores.

Paladar

O paladar está muito ligado ao prazer e à satisfação. Uma boa alimentação é capaz de marcar a vida de um consumidor por um longo prazo.

Quando se fala em paladar logo vem à mente das pessoas as marcas do ramo alimentício, com suas degustações nas portas das lojas e nos supermercados. Mas o marketing sensorial focado no paladar vai muito além.

Uma loja de sapatos, por exemplo, pode recepcionar você com um café ou chá enquanto escolhe com calma o calçado que deseja provar. Ou uma barbearia mais sofisticada pode oferecer drinks e cervejas enquanto o cliente aguarda a sua vez. Esta estratégia de oferecer algo para o consumidor comer em locais sem relação direta com comida faz com que o cliente se sinta em casa. E este conforto mexe com a relação que ele cria com a marca.

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Tato

O cliente tem a necessidade de tocar nas coisas para criar uma relação de pertencimento com a marca. Já imaginou se um consumidor não pudesse entrar no carro antes de comprá-lo?

O mesmo acontece com as roupas que o cliente prova antes de passar no caixa ou nos móveis que deseja comprar para seu imóvel. O toque pode criar uma atração imediata ou uma repulsa, dependendo da textura ou da temperatura, por exemplo. O tato é essencial para a compra e, sem ele, muitas vendas podem ser perdidas.

O esquema touch dos totens também transformou a relação das pessoas com as marcas. Estas interações digitais criadas pela tecnologia aplicada à mídia OOH oferecem novas experiências de consumo e podem marcar de maneira afetiva a vida do consumidor.

Visão

Apesar de falarmos que o olfato é o sentido mais primitivo do ser humano, é importante lembrar que a visão é um dos primeiros sentidos que a mídia Out Of Home costuma atrair.

Uma publicidade que oferece cores, imagens e frases de maneira harmoniosa e assertiva pode, sim, despertar o interesse de consumidor para a compra imediata ou para conhecer mais sore o produto acessando outras mídias.

Marcas mais consolidadas são capazes de criar uma conexão forte com o consumidor apenas pela visão. É o caso do McDonalds, quando avistamos o famoso logo ou as cores vermelha e amarela.

O lado bom do marketing sensorial é que muitas vezes ele aguça mais de um sentido, tornando a experiência ainda mais especial.

Marketing sensorial depende de muito estudo

Não é porque os sentidos ajudam a vender que as marcas podem usá-los sem um planejamento cuidadoso. É preciso conhecer de maneira profunda o público a ser atingido e o tipo de produto que está sendo oferecido para que a estratégia traga experiência realmente marcantes de consumo.

Cada consumidor é único e aquela música que marca uma determinada pessoa nem sempre surte o mesmo efeito em outra. Por este motivo vale a pena recorrer a diferentes sentidos para despertar motivações e lembranças diferentes nos consumidores.

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